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sexta-feira, 4 de abril de 2008

«Recuso ver Valada crescer na ilegalidade e na clandestinidade»

O líder da Junta de Valada considera que Ana Cristina Ribeiro permite construções à revelia do INAG na aldeia de Escaroupim. Fabiano elogia a atitude da autarca de Salvaterra e considera que Paulo Caldas deveria fazer o mesmo no Cartaxo. Mas o presidente da Câmara cartaxeira não vai na cantiga.


O que é que a Câmara Municipal pediu concretamente ao LNEC em relação a Valada?
O nosso objectivo é consertar com o LNEC a elaboração de um plano hidrológico de consolidação urbana daquele espaço que vise ultrapassar as condicionantes e as limitações que o INAG aponta perante a Lei da Água.

Considera que uma conclusão diferente do LNEC sobre a questão de Valada poderá demover o INAG e fazer este organismo mudar de posição?
Sem dúvida. Há outros exemplos de municípios que têm conseguido, com alguns relatórios desta natureza, ultrapassar uma ou outra matéria. É mais uma frente de luta que abrimos e é sinal de que não vamos baixar os braços, porque o que está em causa ali é a desertificação de Valada, uma terra com grande potencial turístico. Ali, a edificabilidade é fundamental e o LNEC vai ter que nos ajudar a dizer que é possível construir em Valada.

O presidente da Junta de Valada diz que estão a ser construídas habitações no Escaroupim, mas afirma que o INAG lhe garantiu que são ilegais. Tem conhecimento?
Não faço comentários. Todas as zonas ribeirinhas estão sob domínio hídrico e pertencem ao domínio da gestão pública da administração central. Esse comentário parece-me grave, mas não faço mais apreciações.

Manuel Fabiano disse que a atitude de Ana Cristina Ribeiro é de louvar e afirmou que Paulo Caldas deveria fazer o mesmo em Valada.
Nós vamos conseguir conquistar o direito de edificar em Valada de acordo com a lei e num quadro de absoluta legalidade. O que está ali em causa é o desenvolvimento de um projecto turístico e urbano naquela freguesia. O que ali for feito é para a posteridade. Eu não quero construir em Valada uma, ou duas, ou três casas. O que eu quero é reabilitar casas, recuperar casas velhas, construir com as alturas que hoje o INAG proíbe. Estamos a falar de uma intervenção estruturante e num cenário destes eu não admito ilegalidades nem posso trabalhar por casos pontuais de clandestinidade.

Recusa, então, seguir os passos da presidente de Salvaterra de Magos, tal como aconselha Manuel Fabiano?
Recuso terminantemente. E tenho a certeza que o presidente Manuel Fabiano também recusaria, com os mesmos argumentos que eu estou agora a apresentar.

Mas o que é facto é que o autarca de Valada disse o contrário e está disposto a enfrentar um cenário de clandestinidade para salvar Valada da desertificação.
Naturalmente que o seu espírito de revolta e de sofrimento o leva a transmitir esse tipo de opinião. Eu próprio, num desabafo, poderia dizer o mesmo. É essa a interpretação que faço, mas não creio que o meu presidente de junta pretenda ver a sua freguesia a crescer num cenário de ilegalidade e clandestinidade.

in O Fundamental

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