Esta imagem com mais de 50 anos foi uma das sobreviventes das grande cheia de Fevereiro 1979. Podemos reconhecer três pessoas na foto e um ilustre desconhecido que decerto aproveitou para dar dois dedos de conversa. O ti`António da Rita, Chico Barbeiro e o Júlio Gonçalves que ainda está entre nós.
Serve estas linhas para documentar a importância que durante muitos anos os peais tiveram nas gentes da nossa terra. Quantos de nós não os frequentámos durante as tardes/noites de verão em amena cavaqueira ou os mais novos bebendo as palavras dos contadores de histórias que aligeiravam o sofrimento da jornada quotidiana? Quantas histórias e verdades ficaram para sempre guardadas no silencio destes peais? Eram neles que ao fim da tarde se sentavam, desde o mais humilde ao mais letrado habitante da nossa terra. Ali eram discutidas as lavoiras, as dificuldades, as doenças, o dia a dia da nossa terra, o Ribatejano e até, em círculos mais restritos, as politicas concelhias e nacionais que os tempos eram de comer e calar. Tal como no nosso parlamento só alguns botavam palavra, dando indicações, apontando caminhos e até encontrando soluções para todos os males. Tudo mudou com o passar dos anos. O parlamento mudou-se para os cafés. Já não há necessidade de falar em surdina porque a liberdade, de falar, ultrapassou toda a liberdade de pensar, mas tal como outrora os parlamentares que falam raramente tomam a iniciativa de fazer algo de útil em prol da sua terra, das associações, clube ou da sua gente. Mudam-se os tempos mas não mudam as vontades.
Um abraço José Isidro
1 comentário:
Caros amigos do Ribatejano:
Vou-vos confessar, após ter conhecido uma rapariga e de tal forma, que casei com ela,não é que esta muçoila vem a ser uma neta do conhecido Tone da Rita.Pois Valada, o Campino, o Zé e toda esta gente tornaram-se uma familia. A vós do Ribatejano, continuai com o excelente trabalho de associativismo, pois o que esta nossa terra precisa, é de mais gente dedicada ás causas, e com toda a certeza não se falaria tanto de crise.
Um abraço, João da Xaninha
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