Valada à espera da maré das obras
Texto de: João Baptista
"Estamos a chegar ao final deste mandato e as obras de que esta freguesia tanto ansiava ainda continuam por fazer, mas estou esperançado de que até final do mandato possam arrancar obras essenciais e prioritárias nesta freguesia, que estavam previstas ser feitas durante este mandato", disse Manuel Fabiano, presidente da Junta de freguesia de Valada, eleito pelo PS.
"Para mim, este mandato só terá algum sentido no que diz respeito a trabalho feito se na realidade algumas dessas obras forem pelo menos iniciadas neste mandato", sublinha Manuel Fabiano, mostrando algum descontentamento pelo atraso no início destes investimentos.
Entre as obras prioritárias para a freguesia, o presidente Manuel Fabiano destacou o saneamento básico, em especial no lugar de Porto de Muge onde mora cerca de 40 por cento da população da freguesia e que ainda não dispõe de saneamento básico, o que é inadmissível para a qualidade de vida exigida nos dias de hoje".
"O saneamento básico no Reguengo também não está a funcionar convenientemente, com os esgotos a serem conduzidos para fossas sépticas que não conseguem conter os efluentes e provocam a formação de charcos de águas residuais estagnadas, problema que é prioritário resolver", declarou o autarca.
Em segundo lugar, Manuel Fabiano coloca a necessidade de se iniciar o grande investimento previsto para criar as condições de aproveitamento turístico de Valada.
"Se há freguesias no concelho do Cartaxo com potencialidades de desenvolvimento turístico, Valada é sem dúvida uma delas", disse Manuel Fabiano. O autarca recorda que "já foram realizados alguns investimentos em anteriores mandatos, mas há ainda muito por fazer". O presidente da Junta de Valada refere o projecto Valada XXI, que ainda está no papel.
"Sei que é muito difícil concretizar na totalidade um projecto com esta grande dimensão neste mandato, mas gostaria que pelo menos fossem iniciadas algumas obras mais urgentes", afirmou.
O valor global do projecto Valada XXI ronda os 1,5 milhões de euros, e tem como principais componentes a recuperação da margem do rio Tejo entre a fluvina e a praia fluvial e o campo de futebol, a construção de um parque de bungalows, a construção de um esporão em pedra na margem junto ao restaurante á semelhança do que existe na outra margem do rio no Escaropim, mudar a praia fluvial para outra zona, construir dois quiosques junto do rio, construir zonas pedonais, um parque de lazer e mais uma série de infra-estruturas que iriam beneficiar toda esta zona do concelho".
Dentro deste projecto, o autarca considera que deverá ser dada prioridade à renovação do parque de merendas, com novo mobiliário. "Já foi colocado um parque infantil de acordo com o projecto, agora defendemos que deverá começar a ser construído um parque radical e iniciar-se o arranjo da margem ribeirinha do Tejo", afirmou o autarca.
Construção na freguesia estrangulada afasta jovens
O presidente da Junta de Freguesia de Valada atribui às restrições à construção impostas pelo Instituto da Água - INAG, a ameaça de despovoamento da freguesia. “A população tem vindo a diminuir, com o afastamento dos jovens que, na impossibilidade de aqui construirem casa, vão morar para fora”, afirma Manuel Fabiano. Na freguesia, não se pode construir habitações a menos que a quota de soleira esteja a cima do nível da cheia de 1979. “Assim, só podemos construir em cima de estacas e como o edifício não pode ter mais do que um piso, é impossível construir ou sequer transformar em habitações os inúmeros armazéns, adegas e celeiros desocupados e em degradação”, afiema o autarca. O presidente da Junta afirma que estas restrições não fazerm qualquer sentido, pois toda a aldeia está protegida por diques e a cheia de 1979 só atingiu as casas porque o dique rompeu por falta de manutenção”. O dique está actualmente todo recuperado. Além disso, adianta, “hoje temos um sistema de barragens que faz o controlo do caudal do rio, impedindo grandes cheias, o que não acontecia há 30 anos atrás”.
Travar fuga da população é prioridade da Junta
A freguesia de Valada perdeu metade da população nos últimos 20 anos. A modernizxação da agricultura e a proibição de construir ovas habitações tem levado os jovens da freguesia a irem morar para outras terras. O envelhecimento da população vai a par da quebra da natalidade e das antigas três escolas da freguesia, que chegaram a ter 1250 alunos, só resta hoje em actividade a escola de Valada, com 50 alunos. A freguesia tem conseguido uma melhoria da cobertura dos principais serviços e equipamentos sociais, possuindo um novo centro de dia para idosos e ATL para crianças. A farmácia foi encerrada, mas a Junta de Freguesia conseguiu manter um serviço de envio de receitas por fax e de entrega ao domicilío dos medicamentos aos utentes pelas farmácias. A Junta assegura ainda o serviço de Correios.
Manuel Fabiano ainda não decidiu nova candidatura
Manuel Fabiano dá conta da sua insatisfação pela escassez de obras durante este mandato “Praticamente a única obra de dimensão realizada foi o arranjo do Largo Humberto Delgado”, afirma o autarca, adiantando que ainda está a “ponderar se irá avançar ou não com uma nova candidatura”. Isto, embora o presidente da Câmara e também dirigente da Concelhia do Partido Socialista do Cartaxo tenha afirmado a O Ribatejo o seu “apoio a uma nova candidatura de Manuel Fabiano e a sua confiança no trabalho realizado pelo autarca.
Manuel Fabiano afirma que este mandato só vai fazer algum sentido se entretanto se iniciarem as grandes obras já muito anunciadas. “Embora seja impossível concretizar um tal volume de investimentos ainda neste mandato, penso que deverão ser definidas prioridades”, afirma o autarca. Manuel Fabiano defende que se deverá avançar com algumas obras como a construção até final deste mandato do parque de merendas em Porto de Muge, assim como a melhoria do actual parque de merendas de Valada, que recebe milhares de pessoas aos fins de semana e carece de melhores condições”, afirmou o autarca.
Idosos e crianças convivem no centro de dia de Valada
O centro de dia e ATL de Valada é considerado pelos especialistas um bom exemplo de convívio intergeracional, entre crianças e idosos.
A Associação O Tejo Centro de Dia e ATL de Valada é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) presidida por Carlos Cláudio. Fundada em 1998, esta instituição encontra-se a funcionar desde Agosto de 2007, tendo custado cerca de 400 mil euros. Um equipamento da maior importãncia numa frequesia em acentuado envelhecimento e que em pouco mais de duas décadas, viu perder cerca de metade da sua população residente que passou de cerca de dois mil habitantes para menos de mil, actualmente. A diminuição de muitos postos de trabalho na agricultura e a proibição de construir tem convidado os jovens a procurar outros destinos, segundo o presidente da Junta Manuel Fabiano.
O centro de dia com a valência de apoio domiciliário é frequentado por 23 idosos, dos quais 10 recebem apoio domiciliário. O serviço de apoio domiciliário funciona durante os 7 dias da semana, assegurandosalimentação, higiene pessoal, tratamento de roupas e limpeza de habitação, de acordo com as necessidades de cada utente.
As instalações acolhem igualmente o ATL - Actividades de tempos Livres de 10 crianças da aldeia, que aqui ocupam os seus tempos livres após as aulas em actividades devidamente enquadradas pedagogicamente por uma educadora. As crianças com idades entre os 6 e os 10 anos têm aqui aulas de inglês, música e educação física.
A directora técnica do centro de dia Mara Monteiro realçou a importância do relacionamento intergeracional nesta instituição, em que a presença das crianças vem trazer sempre um ambiente de animação e alegria que contagia positivamente os idosos, proporcionando momentos de convívio enriquecedores para as crianças e os idosos.
Câmara prevê 9,2 milhões de euros de investimento
O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas, afirmou a O Ribatejo que o montante global do investimento previsto para a freguesia de valada deverá ascender a cerca de 9,2 milhões de euros. O autarca destaca três áreas de intervenção prioritária para o Município na freguesia de Valada. Em primeiro lugar, a intervenção nas infra-estruturas básicas, desde a rede de emissários de esgotos às Estações de Tratamento de Águas Residuais (Etar) de toda a freguesia, em Porto de Muge, Reguengo e Valada. “Esta é uma obra prioritária e deverá arrancar e ser concretizada ainda neste mandato”, garante Paulo Caldas. O investimento no sanamento básico da freguesia deverá representar um investimento de cerca de 700 mil euros.
O presidente da Câmara do Cartaxo afirma a importância de alterar o Plano Director Municipal e nos outros instrumentos de ordenamento do território, de forma a permitir o desenvolvimento urbanístico da freguesia. Paulo Caldas conta com a colaboração da ARH - Administração dos Recursos Hídricos, nova entidade de gestão do domínio hídrico, que detém a tutela sobre grande parte dos terrenos da freguesia. Paulo Caldas está a negocoar com a ARH soluções que permitam a realização de obras de reabilitação do parque habitacional da freguesia e a viabilização de novos espaços de crescimento urbano.
Paulo Caldas afirmou que o projecto Valada XXI vai mesmo avançar com a intervenção na margem ribeirinha de Valada, para a valorização turística da freguesia. O projecto abrange uma área ampla, desde a estação de Santana, junto ao apeadeiro, prosseguindo depois até Porto de Muge, que beneficiará de uma reabilitação idêntica à de Valada, com um parque de merendas junto à ponte D. Amélia. EM Valada, vão ser criados novos espaços de lazer e turismo activo, com passeios pedonais, parques de merendas, áreas de restauração, e a criação do Museu do Tejo em terrenos dos Rercursos Hídricos. O projecto prevê ainda a reabilitação e revitalização da aldeia aveira da Palhota, que representará um investimento de 1,5 milhões, com apoios do QREN. Para este projecto, o Município dispõe ainda de 4 milhões de euros no âmbito das verbas do QREN contratualizadas com a CIMLT- Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, e outros 3 milhões para o ciclo-dique desde as Caneiras, Santarém, até Praia do Tejo, Azambuja.
Beleza da freguesia traz filmagens das telenovelas da SIC e da TVI
As belezas naturais da freguesia de Valada, com o rio Tejo e os verdejantes campos da lezíria ribatejana, têm sido cenário das telenovelas que estão actualmente em exibição na SIC e na TVI.
O presidente da Junta de Freguesia Manuel Fabiano sublinha que “até a Renault veio filmar recentemente na Ponte D. Amélia o anúncio de um novo modelo de automóvel que vai ser exibido nas televisões do mundo inteiro. O autarca está esperançado que o turismo possa trazer uma alternativa ao desenvolvimento de uma terra onde a agricultura mantém o seu peso, mas perdeu a importância em termos de emprego, devido à mecanização.
O autarca defende o arranjo dos acessos à freguesia. “Como é que podemos atrair o turismo com as estradas nacionais no péssimo estado em que se encontram?”, questiona o autarca. O problema está na falta de acordo entre a Estradas de Portugal, responsável pelas vias, e a Câmara Municipal do Cartaxo que só aceita ficar com a responsabilidade das duas estradas, após a sua repavimentação.
Texto de: João Baptista
"Estamos a chegar ao final deste mandato e as obras de que esta freguesia tanto ansiava ainda continuam por fazer, mas estou esperançado de que até final do mandato possam arrancar obras essenciais e prioritárias nesta freguesia, que estavam previstas ser feitas durante este mandato", disse Manuel Fabiano, presidente da Junta de freguesia de Valada, eleito pelo PS.
"Para mim, este mandato só terá algum sentido no que diz respeito a trabalho feito se na realidade algumas dessas obras forem pelo menos iniciadas neste mandato", sublinha Manuel Fabiano, mostrando algum descontentamento pelo atraso no início destes investimentos.
Entre as obras prioritárias para a freguesia, o presidente Manuel Fabiano destacou o saneamento básico, em especial no lugar de Porto de Muge onde mora cerca de 40 por cento da população da freguesia e que ainda não dispõe de saneamento básico, o que é inadmissível para a qualidade de vida exigida nos dias de hoje".
"O saneamento básico no Reguengo também não está a funcionar convenientemente, com os esgotos a serem conduzidos para fossas sépticas que não conseguem conter os efluentes e provocam a formação de charcos de águas residuais estagnadas, problema que é prioritário resolver", declarou o autarca.
Em segundo lugar, Manuel Fabiano coloca a necessidade de se iniciar o grande investimento previsto para criar as condições de aproveitamento turístico de Valada.
"Se há freguesias no concelho do Cartaxo com potencialidades de desenvolvimento turístico, Valada é sem dúvida uma delas", disse Manuel Fabiano. O autarca recorda que "já foram realizados alguns investimentos em anteriores mandatos, mas há ainda muito por fazer". O presidente da Junta de Valada refere o projecto Valada XXI, que ainda está no papel.
"Sei que é muito difícil concretizar na totalidade um projecto com esta grande dimensão neste mandato, mas gostaria que pelo menos fossem iniciadas algumas obras mais urgentes", afirmou.
O valor global do projecto Valada XXI ronda os 1,5 milhões de euros, e tem como principais componentes a recuperação da margem do rio Tejo entre a fluvina e a praia fluvial e o campo de futebol, a construção de um parque de bungalows, a construção de um esporão em pedra na margem junto ao restaurante á semelhança do que existe na outra margem do rio no Escaropim, mudar a praia fluvial para outra zona, construir dois quiosques junto do rio, construir zonas pedonais, um parque de lazer e mais uma série de infra-estruturas que iriam beneficiar toda esta zona do concelho".
Dentro deste projecto, o autarca considera que deverá ser dada prioridade à renovação do parque de merendas, com novo mobiliário. "Já foi colocado um parque infantil de acordo com o projecto, agora defendemos que deverá começar a ser construído um parque radical e iniciar-se o arranjo da margem ribeirinha do Tejo", afirmou o autarca.
Construção na freguesia estrangulada afasta jovens
O presidente da Junta de Freguesia de Valada atribui às restrições à construção impostas pelo Instituto da Água - INAG, a ameaça de despovoamento da freguesia. “A população tem vindo a diminuir, com o afastamento dos jovens que, na impossibilidade de aqui construirem casa, vão morar para fora”, afirma Manuel Fabiano. Na freguesia, não se pode construir habitações a menos que a quota de soleira esteja a cima do nível da cheia de 1979. “Assim, só podemos construir em cima de estacas e como o edifício não pode ter mais do que um piso, é impossível construir ou sequer transformar em habitações os inúmeros armazéns, adegas e celeiros desocupados e em degradação”, afiema o autarca. O presidente da Junta afirma que estas restrições não fazerm qualquer sentido, pois toda a aldeia está protegida por diques e a cheia de 1979 só atingiu as casas porque o dique rompeu por falta de manutenção”. O dique está actualmente todo recuperado. Além disso, adianta, “hoje temos um sistema de barragens que faz o controlo do caudal do rio, impedindo grandes cheias, o que não acontecia há 30 anos atrás”.
Travar fuga da população é prioridade da Junta
A freguesia de Valada perdeu metade da população nos últimos 20 anos. A modernizxação da agricultura e a proibição de construir ovas habitações tem levado os jovens da freguesia a irem morar para outras terras. O envelhecimento da população vai a par da quebra da natalidade e das antigas três escolas da freguesia, que chegaram a ter 1250 alunos, só resta hoje em actividade a escola de Valada, com 50 alunos. A freguesia tem conseguido uma melhoria da cobertura dos principais serviços e equipamentos sociais, possuindo um novo centro de dia para idosos e ATL para crianças. A farmácia foi encerrada, mas a Junta de Freguesia conseguiu manter um serviço de envio de receitas por fax e de entrega ao domicilío dos medicamentos aos utentes pelas farmácias. A Junta assegura ainda o serviço de Correios.
Manuel Fabiano ainda não decidiu nova candidatura
Manuel Fabiano dá conta da sua insatisfação pela escassez de obras durante este mandato “Praticamente a única obra de dimensão realizada foi o arranjo do Largo Humberto Delgado”, afirma o autarca, adiantando que ainda está a “ponderar se irá avançar ou não com uma nova candidatura”. Isto, embora o presidente da Câmara e também dirigente da Concelhia do Partido Socialista do Cartaxo tenha afirmado a O Ribatejo o seu “apoio a uma nova candidatura de Manuel Fabiano e a sua confiança no trabalho realizado pelo autarca.
Manuel Fabiano afirma que este mandato só vai fazer algum sentido se entretanto se iniciarem as grandes obras já muito anunciadas. “Embora seja impossível concretizar um tal volume de investimentos ainda neste mandato, penso que deverão ser definidas prioridades”, afirma o autarca. Manuel Fabiano defende que se deverá avançar com algumas obras como a construção até final deste mandato do parque de merendas em Porto de Muge, assim como a melhoria do actual parque de merendas de Valada, que recebe milhares de pessoas aos fins de semana e carece de melhores condições”, afirmou o autarca.
Idosos e crianças convivem no centro de dia de Valada
O centro de dia e ATL de Valada é considerado pelos especialistas um bom exemplo de convívio intergeracional, entre crianças e idosos.
A Associação O Tejo Centro de Dia e ATL de Valada é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) presidida por Carlos Cláudio. Fundada em 1998, esta instituição encontra-se a funcionar desde Agosto de 2007, tendo custado cerca de 400 mil euros. Um equipamento da maior importãncia numa frequesia em acentuado envelhecimento e que em pouco mais de duas décadas, viu perder cerca de metade da sua população residente que passou de cerca de dois mil habitantes para menos de mil, actualmente. A diminuição de muitos postos de trabalho na agricultura e a proibição de construir tem convidado os jovens a procurar outros destinos, segundo o presidente da Junta Manuel Fabiano.
O centro de dia com a valência de apoio domiciliário é frequentado por 23 idosos, dos quais 10 recebem apoio domiciliário. O serviço de apoio domiciliário funciona durante os 7 dias da semana, assegurandosalimentação, higiene pessoal, tratamento de roupas e limpeza de habitação, de acordo com as necessidades de cada utente.
As instalações acolhem igualmente o ATL - Actividades de tempos Livres de 10 crianças da aldeia, que aqui ocupam os seus tempos livres após as aulas em actividades devidamente enquadradas pedagogicamente por uma educadora. As crianças com idades entre os 6 e os 10 anos têm aqui aulas de inglês, música e educação física.
A directora técnica do centro de dia Mara Monteiro realçou a importância do relacionamento intergeracional nesta instituição, em que a presença das crianças vem trazer sempre um ambiente de animação e alegria que contagia positivamente os idosos, proporcionando momentos de convívio enriquecedores para as crianças e os idosos.
Câmara prevê 9,2 milhões de euros de investimento
O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas, afirmou a O Ribatejo que o montante global do investimento previsto para a freguesia de valada deverá ascender a cerca de 9,2 milhões de euros. O autarca destaca três áreas de intervenção prioritária para o Município na freguesia de Valada. Em primeiro lugar, a intervenção nas infra-estruturas básicas, desde a rede de emissários de esgotos às Estações de Tratamento de Águas Residuais (Etar) de toda a freguesia, em Porto de Muge, Reguengo e Valada. “Esta é uma obra prioritária e deverá arrancar e ser concretizada ainda neste mandato”, garante Paulo Caldas. O investimento no sanamento básico da freguesia deverá representar um investimento de cerca de 700 mil euros.
O presidente da Câmara do Cartaxo afirma a importância de alterar o Plano Director Municipal e nos outros instrumentos de ordenamento do território, de forma a permitir o desenvolvimento urbanístico da freguesia. Paulo Caldas conta com a colaboração da ARH - Administração dos Recursos Hídricos, nova entidade de gestão do domínio hídrico, que detém a tutela sobre grande parte dos terrenos da freguesia. Paulo Caldas está a negocoar com a ARH soluções que permitam a realização de obras de reabilitação do parque habitacional da freguesia e a viabilização de novos espaços de crescimento urbano.
Paulo Caldas afirmou que o projecto Valada XXI vai mesmo avançar com a intervenção na margem ribeirinha de Valada, para a valorização turística da freguesia. O projecto abrange uma área ampla, desde a estação de Santana, junto ao apeadeiro, prosseguindo depois até Porto de Muge, que beneficiará de uma reabilitação idêntica à de Valada, com um parque de merendas junto à ponte D. Amélia. EM Valada, vão ser criados novos espaços de lazer e turismo activo, com passeios pedonais, parques de merendas, áreas de restauração, e a criação do Museu do Tejo em terrenos dos Rercursos Hídricos. O projecto prevê ainda a reabilitação e revitalização da aldeia aveira da Palhota, que representará um investimento de 1,5 milhões, com apoios do QREN. Para este projecto, o Município dispõe ainda de 4 milhões de euros no âmbito das verbas do QREN contratualizadas com a CIMLT- Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, e outros 3 milhões para o ciclo-dique desde as Caneiras, Santarém, até Praia do Tejo, Azambuja.
Beleza da freguesia traz filmagens das telenovelas da SIC e da TVI
As belezas naturais da freguesia de Valada, com o rio Tejo e os verdejantes campos da lezíria ribatejana, têm sido cenário das telenovelas que estão actualmente em exibição na SIC e na TVI.
O presidente da Junta de Freguesia Manuel Fabiano sublinha que “até a Renault veio filmar recentemente na Ponte D. Amélia o anúncio de um novo modelo de automóvel que vai ser exibido nas televisões do mundo inteiro. O autarca está esperançado que o turismo possa trazer uma alternativa ao desenvolvimento de uma terra onde a agricultura mantém o seu peso, mas perdeu a importância em termos de emprego, devido à mecanização.
O autarca defende o arranjo dos acessos à freguesia. “Como é que podemos atrair o turismo com as estradas nacionais no péssimo estado em que se encontram?”, questiona o autarca. O problema está na falta de acordo entre a Estradas de Portugal, responsável pelas vias, e a Câmara Municipal do Cartaxo que só aceita ficar com a responsabilidade das duas estradas, após a sua repavimentação.
in O Ribatejo
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